sexta-feira, 29 de agosto de 2025

ARTHUR DE FARIA E CONVIDADOS CELEBRAM A PORTO ALEGRE MUSICAL DOS ANOS 1950 A 1970 EM ESPETÁCULO GRATUÍTO NO INSTITUTO LING

Foto: Vinicius Angeli
NESTE SÁBADO, O PROJETO FREQUÊNCIAS SONORAS, que celebra as sonoridades e os artistas de Porto Alegre com um espetáculo inédito que resgata diferentes épocas e estilos da música produzida na Capital Gaúcha.
A apresentação, marcada para este sábado, dia 30 de agosto, às 19h, no Instituto Ling, será conduzida pelo músico, jornalista e pesquisador Arthur de Faria intercalando histórias e causos das décadas de 1950, 1960 e 1970 com músicas tocadas ao vivo pela banda formada pela pianista Aline Araújo, o percussionista Fernando do Ó, a baixista Júlia Pezzi, a cantora Loma Pereira e o acordeonista Paulinho Cardoso.
A ambientação visual ficará por conta da cartunista e ilustradora Ana Luiza Koehler, que vai transportar o público à Porto Alegre da época, por meio de ilustrações da cidade, criando uma atmosfera nostálgica e envolvente. O evento é gratuito, mediante retirada de ingressos pelo site www.institutoling.org.br.
O show é inspirado na pesquisa apresentada por Arthur no livro “Porto Alegre, uma biografia musical” e homenageia uma geração que foi essencial para a construção da produção musical da cidade. O repertório apresentado pela banda conta com canções de artistas importantes da cena local que acabaram esquecidos no tempo.
Essa é a terceira edição do Frequências Sonoras este ano. Com curadoria e produção de Bruno dos Anjos e Mauryani de Oliveira, o projeto propõe, a cada encontro, explorar trabalhos que dialogam por meio de temáticas semelhantes, mas em contextos e trajetórias distintas.
A programação é uma realização do Instituto Ling e do Ministério da Cultura/Governo Federal, com patrocínio da Crown Embalagens, produção da OCorre Lab e apoio do Intercity Cidade Baixa e da AIAMA Cozinha Artesanal.
SERVIÇO
“Frequências Sonoras apresenta a Porto Alegre musical dos anos 1950 a 1970”
Com Arthur de Faria, Aline Araújo, Fernando do Ó, Júlia Pezzi, Loma Pereira e Paulinho Cardoso
Local: Instituto Ling
Endereço: Rua João Caetano, 440, Bairro Três Figueiras, em Porto Alegre
Quando: Dia 30 de agosto, sábado
Horário: 19h
Entrada franca, mediante inscrição prévia no site www.institutoling.org.br.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

MARENNA ABRIRÁ SHOW DE GLENN HUGHES NO OPINIÃO, EM NOVEMBRO

Foto: Roger Clots
A BANDA GAÚCHA MARENNA, projeto solo de Hard Rock do cantor Rod Marenna, fará a abertura do show que o veterano Glenn Hughes fará em Porto Alegre. A apresentação, que ocorre em 11 de novembro, no Opinião, na Rua José do Patrocínio, 834, na Cidade Baixa. Será a despedida de Hughes dos palcos.
No momento, a Marenna segue na divulgação de seu álbum “Ten Years After”. O disco traz uma compilação de 10 faixas ao vivo, gravadas no Tokio Marine Hall, em São Paulo, e em Caxias do Sul, durante a Voyager Tour de 2023, além de conter dois singles inéditos de estúdio.
A Marenna conta com Rod Marenna (vocal), Edu Lersch (guitarra), Luks Diesel (teclado), BIFE (baixo) e Arthur Schavinski (bateria).
GLENN HUGHES
Em seu show, o músico britânico de 73 anos, e chamado de “The Voice of Rock”, mostrará composições de toda a carreira, da solo aos clássicos do Deep Purple, passando ainda por temas do Trapeze, Black Country Communion, Hughes/Thrall e da parceria com Tony Iommi.
SERVIÇO
GLENN HUGHES EM PORTO ALEGRE, SHOW DE DESPEDIDA
Local: Opinião
Endereço: Rua José do Patrocínio, 834, Cidade Baixa
Quando: Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Horários
19h – abertura da casa
19h50min – Marenna
21h – Glenn Hughes
Escute Marenna - “Ten Years After” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/2uVanAFbqSKHFgHDfealov

VOLÚPIA LANÇA NOVO SINGLE, “BRILHO DE LUZ”

Foto: César Five Louis
A BANDA PORTO-ALEGRENSE VOLÚPIA lançou o seu novo single, “Brilho de Luz”.
O grupo autoral de Hard Rock, foi fundado em 1984, em Porto Alegre, e suas músicas têm letras em português e uma sonoridade forte e marcante com grande influência dos anos 1980. A Volúpia durou até 1989 e retornou em 2016.
Hoje, a Volúpia conta com Marco Canto (vocais), Luciano Reis (guitarra), Ricardo Lampert (baixo) e César Five Louis (bateria).
Veja “Brilho de Luz” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=kVPFKA7ggPU

BANDA GOIANA INSANIDADE LANÇA VIDEOCLIPE DA MÚSICA “BLACK THUNDER”

Foto: Collapse Agency Press
A BANDA GOIANA INSANIDADE lançou o videoclipe oficial de “Black Thunder”, uma das faixas do quarto álbum de estúdio “Enough to Be a Loser” (2024). Dirigido por Ygor Silva, do Macabro Studio, o videoclipe é uma viagem que mistura a estética sangrenta e sombria dos clássicos Filmes B de terror dos anos 1960 e 1970 com a adrenalina do Rock’n’Roll.
A faixa faz parte de “Enough to Be a Loser”, descrito pela própria banda como o trabalho mais pesado e ambicioso de sua carreira até agora.
Com “Black Thunder”, a banda não só presta homenagem à estética rebelde do passado como também reafirma seu lugar na cena underground brasileira como um dos nomes mais intensos e autênticos da atualidade.
O disco conta com nove faixas – sendo oito autorais e um cover de “Looks That Kill”, clássico do Mötley Crüe. As influências vão de gigantes como Motörhead, AC/DC, Guns N’ Roses, Mötley Crüe e The Hellacopters.
A banda é formada por Lucas Tamandaré (vocais), Luis Maldonalle (guitarra), Gustavo Vasquez (baixo) e Rodrigo Miranda (bateria).
"Enough to Be a Loser" está disponível em todas as plataformas digitais.
Veja “Black Thunder” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=E0NzfuefbeA

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

ROUPA NOVA VOLTA AO AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA NA SEXTA E NO SÁBADO

Foto: A formação atual do Roupa Nova. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Fábio Nestares, Serginho Herval, Kiko, Nando, Ricardo Feghali e Cleberson Horsth / Divulgação
O ROUPA NOVA volta a Porto Alegre nesta semana. Na sexta-feira, dia 29, e no sábado, dia 30, um dos grupos mais amados do Brasil, se apresenta no Auditório Araújo Vianna, em show de sua turnê “Simplesmente Roupa Nova”.
No setlist do show, clássicos como “Whisky a Go-Go”, “Dona”, “Volta pra Mim”, “Coração Pirata”, “Anjo” e “A Viagem”.
As apresentações no Auditório Araújo Vianna, na Avenida Osvaldo Aranha, 685, Parque Farroupilha, no Bom Fim, começam às 21h.
O Roupa Nova completou há pouco 44 anos de trajetória marcados por 20 milhões de cópias vendidas, 38 discos lançados e 35 temas de novela. Além disso, a banda acumula uma história de conquistas, tendo obtido discos de ouro, platina e um Grammy Latino.
O Roupa Nova, um dos grupos mais cultuados da música brasileira, vai retornar a Porto Alegre, nos dias 29 e 30 de agosto, com a sua tour “Simplesmente Roupa Nova”. A banda, que recentemente completou 40 anos de estrada, fará dois shows no Auditório Araújo Vianna, em que vai executar clássicos como “Whisky a Go-Go”, “Dona”, “Volta pra Mim”, “Anjo” e “A Viagem”.
O Roupa Nova é formado atualmente pelos músicos Cleberson Horsth (teclados e voz de apoio), Ricardo Feghali (teclados e voz de apoio), Kiko (guitarra e voz de apoio), Nando (baixo e voz de apoio), Serginho Herval (bateria e voz principal) e Fábio Nestares (voz principal e percussão). A formação original incluía o vocalista Paulinho, substituído por Nestares após seu falecimento em dezembro de 2020.
Serviço:
“Simplesmente Roupa Nova”
Local: Auditório Araújo Vianna
Endereço: Avenida Osvaldo Aranha, 685, Parque Farroupilha, Bom Fim
Quando: 29 de agosto de 2025, sexta-feira
Horário: 21h
Abertura da casa: 19h30
Escute Roupa Nova – “As Mais Românticas” no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/6Wm72PevnyCLREnEVeNmDX
Veja Roupa Nova – “Dona” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=Ey_O48VB_fU&list=RDEy_O48VB_fU&start_radio=1

terça-feira, 19 de agosto de 2025

LEONI E SUA TURNÊ “BALADAS SORTIDAS” DOMINGO NO OPINIÃO

Foto: Divulgação
INTEGRANTE DAS BANDAS KID ABELHA E HERÓIS DA RESISTÊNCIA nos anos 1980 e começo dos anos 1990, mas em carreira solo desde 1993, o músico carioca Leoni se apresenta neste domingo no Opinião, na Rua José do Patrocínio, 834, Cidade Baixa, em Porto Alegre, a partir das 21h. Ele está em sua turnê “Baladas Sortidas”.
Leoni é o autor de diversas músicas que ainda tocam nas rádios de todo o país. “Temporada das Flores”, “Só Pro Meu Prazer” e “Garotos II” são alguns dos hits que têm presença garantida no setlist, assim como as canções do seu mais recente EP – marcado pelas parcerias com Zélia Duncan, George Israel e Zeca Baleiro.
Acompanhado pela banda Outro Futuro, Leoni ainda incluirá no repertório releituras de clássicos da música brasileira, como “Lilás” (Djavan), “Tendo a Lua” (Herbert Vianna) e “Charme do Mundo” (Marina Lima).
A turnê “Baladas Sortidas” traz ainda um time de mulheres na sua concepção, com Luciana Fregolente na direção, Olívia Munhoz no projeto de iluminação e Nicole Nativa na criação do figurino.
SERVIÇO – LEONI E O SHOW BALADAS SORTIDAS
Local: Opinião
Endereço: Rua José do Patrocínio, 834, Cidade Baixa, em Porto Alegre
Quando: 24 de agosto, domingo
Horário: 21h
Abertura da casa: 19h30
Escute “Notícias de Mim” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/0g4tkCWxot5a7irggtpSaV
Veja Leoni – “Só Pro Meu Prazer” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=JS9yuL-IFYY&list=RDJS9yuL-IFYY&start_radio=1

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

DISTRAUGHT LANÇA VIDEOCLIPE DA MÚSICA “EXTERMINATION OF MOTHER NATURE”

Foto: Divulgação
A BANDA GAÚCHA DISTRAUGHT ACABA DE LANÇAR o videoclipe da música “Extermination of Mother Nature”. A faixa faz parte do mais recente trabalho do grupo, o EP “Involution”, que foi disponibilizado em julho deste ano.
Veja o videoclipe de “Extermination of Mother Nature” no YouTube: https://youtu.be/eUP6KU_JYpo?si=5CluePVFVW_Y3FIk
Escute “Involution” no Spotify: https://open.spotify.com/album/5xjoCog8aeFSsWmvN4H6JP?si=4oXUHUzXQPadNOpvuw8nzQ

NOVO SINGLE DA DIOKANE, “CHEIRO DE ENCHENTE”, FALA DA TRAGÉDIA CLIMÁTICA NO ESTADO E DÁ VOZ AS VÍTIMAS DA CATÁSTROFE

Texto: Homero Pivotto Jr.
Foto: Leandro Monks
“CHEIRO DE ENCHENTE”, o novo single da banda gaúcha Diokane, observa que em meio ao caos que se alastrou com a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024, um forte odor vindo do lodo e dos detritos, carregados de sedimentos variados – como animais mortos e esgoto –, deixou a maior tragédia climática do Estado ainda mais perturbadora.
A composição é um relato do que se viu e sentiu durante a enxurrada de horror, com base, principalmente, no que foi testemunhado ou mostrado na imprensa em Porto Alegre e arredores. Um documentário/clipe com imagens da catástrofe e depoimentos de quem sofreu diretamente as consequências da inundação acompanha o lançamento. Até mesmo as cenas em que a banda aparece tocando tiveram como cenário um dos inúmeros locais alagados na capital gaúcha.
No vídeo, os personagens que narram como foram impactados pelo dilúvio são familiares e amigos da banda – mostrando que vítimas da catástrofe estão por todas as bolhas. A amostragem, ainda que pequena, ilustra números assustadores sobre a magnitude do evento climático que não poupou gente nem bicho. Foram 478 dos 497 municípios gaúchos atingidos, conforme a Defesa Civil do RS.
Houve impactos para cerca de 2,4 milhões de pessoas (entre as que precisaram deixar suas casas e as que tiveram interrupção de serviços), com mais de 180 mortos e 25 desaparecidos. Além disso, o governo do Estado estima cerca de 20 mil animais resgatados. As áreas mais afetadas incluem Vale do Taquari, Porto Alegre e Região Metropolitana. Na capital e cidades vizinhas, boa parte dos atingidos era gente pobre e/ou negra, conforme destacou o Observatório das Metrópoles.
Descrever a percepção olfativa do que se sentiu durante e após a enchente é uma tarefa complexa. Para a presidente da Fundação Gaia, a bióloga Lara Lutzenberger (filha do ambientalista José Lutzenberger), houve um agravamento substancial do odor relacionado à catástrofe. A razão é a mistura tóxica e pestilenta com todo o tipo de lixo e materiais perigosos que as águas encontraram no caminho.
“Na enchente dos anos 1940, não havia nada disso, e os danos se “limitaram” ao alagamento, sem ampla contaminação associada. Os componentes orgânicos que se misturaram no coquetel do ano passado, que também foram mais abundantes que em outras épocas – incluindo esgoto por falta de redes de saneamento adequadas – proliferaram algas e bactérias em grande quantidade. Isso se revelou no mau cheiro”, elucida Lara.
A fetidez cessou conforme as estruturas que resistiram às chuvas foram secando e sendo limpas, mas as marcas do pé-d'água descomunal permanecem. Não apenas nas paredes ainda encardidas com as indicações da altura em que a inundação chegou, como também na memória de quem sofreu com a força da natureza. Essas recordações estão registradas em “Cheiro de Enchente”.
A composição foi gravada no Black Stork estúdio, com produção de Thiago Caurio (baterista da Atomic Elephant). Já a mixagem e a masterização ficaram sob responsabilidade de Renato Osório, guitarrista da Atomic Elephant e produtor que já trabalhou com Híbria, Distraught, Leviaethan entre outros. O vocalista da banda Pull The Trigger, Tiago "Taz" Freitas Severo, 44 anos, faz participação na faixa. Ele é morador da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, e perdeu praticamente tudo que tinha na residência em que morava com os pais e a filha, precisando sair resgatado por um barco. Taz canta junto o refrão: “O cheiro da enchente / mal-estar evidente / da náusea à dor / desamparo latente”.
“Teve o cheiro do momento em que a gente saiu, que era um odor de gasolina, pois tinha barcos circulando para resgatar a população. E teve o pós, quando a água desceu e voltamos para ver como ficou a casa, que era pior. Era algo forte, de muita coisa misturada, nem sei como descrever. Mas se isso vem à lembrança, traz o gatilho de que possa acontecer novamente”, afirma Taz, que teve a habitação coberta por 2m20cm de água.
A operadora de OPLS Vanessa Giovagnoli dos Santos, 47 anos, moradora do Mathias Velho – periferia de Canoas e um dos pontos que mais sofreram com a tragédia em todo o RS –, relaciona o bodum ao luto:
“Era cheiro de morte. Não é só uma percepção do olfato, porque é algo que remete ao vazio das perdas”.
Testemunhos da destruição
Para ilustrar o tamanho da catástrofe que veio do céu, “Cheiro de Enchente” chega acompanhada de um documentário junto ao clipe. A produção audiovisual é dirigida pelo baixista Billy Valdez, com fotografia, operação de câmera e assistência de direção de Leandro Monks. A obra apresenta depoimentos de vítimas da enxurrada, bem como cenas do cataclismo misturadas com takes da banda tocando.
As imagens do grupo ao vivo foram captadas no Áudio Porco, estúdio no bairro Cidade Baixa, região central de Porto Alegre. No local, o refluxo do esgoto e a água que o sistema de bombeamento não deu conta de escoar, fizeram com que o líquido empesteado chegasse a aproximadamente 1m20cm dentro do estabelecimento – que fica abaixo do nível da rua. O estrago obrigou o empreendimento a interromper os serviços por cerca de 60 dias e demandou investimento não previsto para reformar o mobiliário atingido.
“Tínhamos uma reserva, ainda bem. Se não, o jeito seria fechar”, avalia Moisés Augusto Rodrigues, 38 anos, proprietário do local, que admite temer algo parecido em um futuro não muito distante.
Perdas materiais também acometeram a secretária administrativa e coproprietária do InkPact Tattoo Gallery Carina Nascimento Giehl, 35 anos, e o tatuador Fernando Antônio “Tampa” Giehl, 40. O casal teve a casa em que morava, no bairro Fátima em Canoas, invadida por cerca de dois metros de água. O espaço profissional, no bairro São Geraldo (zona norte de POA) não foi poupado – ainda que com nível de alagamento menos elevado do que na residência.
“Ficamos um mês fechado com água dentro e mais um mês de limpeza. Foram cerca de cinco ou seis lavagens para sair o cheiro, que só parou mesmo depois de lixarmos o piso umas três vezes”, recorda o artista, que saiu de Curitiba com a família quando era criança justamente em razão de uma enchente que invadiu o lar onde moravam.
Apesar do prejuízo com móveis, decoração, eletrodoméstico e outros itens, Carina conta que a dor maior foi presenciar objetos simples, de valor afetivo e ligados a infância dos filhos, sendo consumidos pela intempérie.
“Em uma das idas para limpar a casa, em Canoas, achei roupas dos meus filhos (um com 10 anos e outro prestes a fazer 18) na rua. Aquilo não sai da minha cabeça. Esse tipo de lembrança não tem mais. É uma recordação da vida que a gente perdeu”, desafoga, às lágrimas.
Izza Balbinot, 32 anos, ex-vocalista da banda Välika que trabalha em diferentes frentes no setor de eventos, reforça que o episódio foi traumático. Ela destaca que o pouco que tinha no domicílio, no Mathias Velho, foi perdido na molhaceira. “A gente já é desestruturada emocionalmente por outras questões e ainda tem de passar por isso. Foi desastroso, destruiu bem mais do que só pertences”, desabafa.
Vanessa Giovagnoli também não esquece a tristeza que sentiu ao saber que investimentos feitos com sacrifício foram destruídos. “A enchente nos impactou de todas as formas, seja psicologicamente ou financeiramente. Ainda é uma luta”, pontua a irmã do guitarrista da Diokane, Rafael Giovanoli.
A casa em que ela ainda vive com a mãe – a pensionista Silvana Giovagnoli, 66 anos – e o filho Lucas Giovagnoli, 12, ficou submersa por cerca de seis metros, com praticamente tudo o que havia dentro inutilizado pelo encharcamento. Agora, a família busca deixar o imóvel em que residiu por boa parte da vida, com medo de passar pelo pesadelo outra vez.
“A gente continua traumatizada. É algo que não vai passar logo. Eu não consigo nem dormir quando tem barulho de chuva. Se for possível iremos para outro lugar, queremos sair daqui”, frisa Silvana.
A fluidez com que a água se alastrou durante o evento climático do ano passado contrasta com a aparente falta de urgência do poder público para lidar com um possível novo desastre. Poucas ações concretas para prevenir ou mitigar outras enchentes foram implementadas, reforçando o temor de quem viu a própria história naufragando. Basta alguma precipitação mais forte para o pavor tomar conta. Foi o que aconteceu em junho de 2025: uma tempestade trouxe à tona o lembrete de perigo iminente, com chuvas três vezes maiores que a média, mensurou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Novas mortes (ao menos cinco) e estragos em diferentes áreas do RS foram confirmados, de acordo com a Defesa Civil. E isso não cheira bem como previsão de futuro.
Barulho para verter insatisfação
O jornalista Fábio Schaffner, de GZH, que atuou na cobertura das inundações em pontos diferentes do Rio Grande do Sul, percebe o lançamento da Diokane da seguinte forma:
“Cheiro de Enchente”, o mais novo single da Diokane, tem a urgência e a revolta de quem testemunhou um cataclismo climático e sobreviveu para cantar a desgraça. Sete anos após o lançamento do EP de estreia, “This Is Hell We Shall Believe”, a banda de hardcore/metal gaúcha faz do aluvião que atingiu o Estado em 2024 tema de sua canção de retorno. Mas esse, definitivamente, não é o inferno em que a Diokane acredita. Pelo contrário. Ao narrar o sofrimento de quem perdeu tudo o que tinha e o descaso de quem não fez nada para evitar a tragédia, Homero Pivotto Jr. exorciza ao microfone a mistura pútrida de chuva, esgoto e carniça que invadiu casas e ruas, enquanto Billy Valdez (baixo), Rafael Giovanoli (guitarra) e Gabriel Kverna Motta (bateria) nos conduzem pelo ouvido ao purgatório da lama e do caos de uma cidade submersa. O começo, hipnótico, é como o redemoinho que traga o náufrago. Os riffs crescem, mas sem ceder à velocidade. A melodia é lenta e pesada, com a força de uma correnteza que se move devagar e arrasta tudo que há pela frente. Com 3min20s, “Cheiro da Enchente” é pungente e necessária. Muitos cantaram a enchente sob a ótica poliana do recomeço, o sol sorrindo na manhã seguinte. Faltava alguém para dar punch ao desamparo, para nos lembrar que escurece de novo no fim da tarde.
A Diokane:
Billy Valdez – baixo
Gabriel “Kverna” Motta – bateria
Homero Pivotto Jr. – voz
Rafael Giovanoli – guitarra
“Cheiro de Enchente” foi gravada no Black Stork Studio
Produção: Thiago Caurio
Mixagem e Masterização: Renato Osório
Participação especial na voz: Tiago Taz Freitas Severo (Pull The Trigger)
Arte da capa: Rafael Giovanoli
Fotos da banda: Leandro Monks
Reportagem: Homero Pivotto Jr.
Direção e edição do documentário/clipe: Billy Valdez
Letra:
Quem tem medo do inferno,
Reluta em crer
Que a treva veio do céu
O cheiro da enchente
aflição que se sente
enxurrada de horror
Tristeza inclemente
Sufocando sonhos
jogados ao lixo
choveu sofrimento
pra gente e pra bicho
A marca do lodo
impregna a parede
e lembra o descaso
que nenhum dique conteve
Todos no mesmo barco
naufragando em agonia
afogando em lembranças
do que já foi um dia
O cheiro da enchente
mal-estar evidente
da náusea à dor
desamparo latente
O esgoto vertendo
repulsa e nojo
se vê rato e entulho
cenário bico do corvo
no fundo do poço
resgatando esperança
pra afugentar o mau tempo
algoz de adulto e criança
O cheiro da enchente
mal-estar evidente
da náusea à dor
desamparo latente
Veja o videoclipe: https://youtu.be/2lmQsF3PE1E
Escute “Cheiro de Enchente”: https://onerpm.link/453007443592

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

A BLACKBIRDS REÚNE FORMAÇÃO CLÁSSICA PARA SHOW NA SEGUNDA MALUCA DO TEATRO TÚLIO PÍVA

Foto: Divulgação
NESTA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, dia 11 de agosto, a banda Blackbirds reúne a sua formação clássica, em comemoração aos 28 anos de trajetória, para um show. O evento acontece no Teatro Tulio Piva, na Rua da República, 575, na Cidade Baixa, a partir das 20h. A casa abre as portas às 19h.
O show será baseado no repertório dos quatro discos de estúdio, “Blackbirds” (2002), “Rock Rural” (2004), “Nada Está Tão Ruim Que Não Possa Ser Piorado” (2010) e “Ninguém é Mais Criança Aqui” (2017), além de covers que marcaram as quase três décadas de trajetória da banda, que iniciou as atividades na Serra Gaúcha , em Veranópolis no ano de 1997.
O espetáculo ainda contará com participações especiais.
“Depois de quase 16 anos, faremos um show com os quatro integrantes que transformaram a amizade iniciada em Veranópolis em uma banda de rock que segue na ativa até hoje. Chegar aos 28 anos é um feito que merece ser comemorado, e estamos fazendo isso com diversos shows especiais”, afirmou o vocalista Jus Nino.
A formação original que estará no palco conta com Jus Nino (vocal e guitarra), Júlio Sasquatt (bateria), Diogo Farina (guitarra e vocal) e Cassiano Farina (baixo e vocal). “Depois de quase 16 anos, faremos um show com os quatro integrantes que transformaram a amizade iniciada em Veranópolis em uma banda de rock que segue na ativa até hoje. Chegar aos 28 anos é um feito que merece ser comemorado, e estamos fazendo isso com diversos shows especiais”, destaca Jus Nino.
Ingressos pelo Sympla.
Escute “Ninguém é Mais Criança Aqui” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/3E4I0eVtSIp5eKGnSA1Cqn

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

NOVO PROJETO DE ARTHUR DE FARIA ESTREIA NESTA SEXTA-FEIRA NO YOUTUBE

Foto: Loop Discos
AO LADO DE TUM TOIN FOIN & ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO, o músico gaúcho Arthur de Faria estreia seu novo projeto no YouTube nesta sexta-feira, dia 8 de agosto.
O primeiro registro, da música "Osvaldo y Astor em Venus", composição de Arthur de Faria, abre uma série de lançamentos quinzenais pelo canal da Loop Discos, parceira do projeto.
A gravação uniu Arthur de Faria, Tum Toin Foin e a Orquestra Theatro São Pedro, em um concerto que uniu músicos de origens e trajetórias diversas sob a regência do maestro Evandro Matté. Com 10 integrantes vindos de universos distintos, a Tum Toin Foin transita entre o popular, o erudito e o jazz, e teve no São Pedro um cenário à altura do desafio. Para alguns músicos, a casa era território conhecido. Para outros, uma estreia absoluta. E para todos, uma experiência transformadora: a beleza acolhedora da sala do Século XIX, a acústica impecável, o teatro lotado e o público vibrando a cada música.
“Desde aquele momento pensamos: isso precisa ser lançado”, disse Arthur de Faria.
Veja Arthur de Faria & Tum Toin Foin e Orquestrado Theatro São Pedro – “Osvaldo y Astor em Venus” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=XMDfe0aVS7Q

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

A BANDA GAÚCHA DARKSHIP LANÇA O VIDEOCLIPE DA MÚSICA “UPSIDE-DOWN”

Foto: Wargods Press
A BANDA GAÚCHA DARKSHIP LANÇOU O VIDEOCLIPE DA MÚSICA “Upside-Down”, que faz parte do álbum “Between the Shadows” (2023). O trabalho teve suas gravações realizadas na Vinícola La Cantina, em Garibaldi, na Serra Gaúcha, com direção de imagem de Aline Bortolini e edição de Ander Santos, que também assina a produção audiovisual ao lado dos demais integrantes. A proposta foi criar um registro visual direto alinhado à mensagem da música.
A faixa que deu origem ao videoclipe foi produzida, gravada, mixada e masterizada por Thiago Bianchi (Shaman, Noturnall) no Fusão VM&T Studios, em São Paulo, e explora um dos conceitos centrais do álbum: a luta interna entre fragilidade e superação.
“‘Upside-Down’ fala sobre enfrentar as feridas que ficam depois do fim de uma relação, mas sem se prender a elas. Mesmo quando tudo parece de cabeça para baixo, existe a possibilidade de encontrar novos caminhos. É sobre buscar a própria luz e acreditar que, apesar de tudo, a gente pode amar de novo”, afirmou o baterista Joel Pagliarini.
“Esse álbum ainda tem muito a oferecer. Mesmo lançado em 2023, sentimos que várias músicas mereciam um espaço maior para se conectar com o público, e ‘Upside-Down’ é uma delas. Cada clipe é uma forma de revelar novas camadas da nossa proposta e manter viva a experiência que o disco representa para nós”, completou a vocalista Sílvia Cristina Schneider Knob.
A Darkship conta em sua formação com a vocalista Sílvia Cristina Schneider Knob, o baterista Joel Pagliarini, Ander Santos (violino), Misael Dutra (guitarra e vocal) e Doods Junges (baixo).
Veja o videoclipe no YouTube: https://youtu.be/8M8nfAT8QJo
Escute “Between the Shadows” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/1xmY81ia9uGfAosJsuDAwn

PERFECT SENSE CELEBRA OS 50 ANOS DE “WISH YOU WERE HERE” NESTA QUINTA-FEIRA, NO SGT. PEPPERS

Foto: Divulgação
A BANDA TRIBUTO PORTO-ALEGRENSE PERFECT SENSE VOLTA AOS PALCOS EM AGOSTO NO SGT. PEPPER’S PUB, na Rua Quintino Bocaiúva 256, em Porto Alegre. Nesta quinta-feira, dia 7 de agosto, o show será uma homenagem aos 50 anos do disco “Wish You Were Here” e aos 30 do álbum ao vivo “Pulse”.
A Perfect Sense, na estrada há quase duas décadas, executa os grandes sucessos da banda britânica com arranjos e corais robustos, e uma grande fidelidade ao som dos discos originais.
"Wish You Were Here", de 1975, é repleto de hits, entre eles "Shine On You Crazy Diamond" e a homônima "Wish You Were Here". Já o álbum ao vivo “Pulse”, de 1995, se tornou um álbum cultuado pelos fãs, sendo considerado um registro importante da fase final do Pink Floyd, com quase toda a formação clássica, à exceção de Roger Waters, em produção grandiosa.
A banda tributo Perfect Sense é formada por Thiago Gomes (bateria), Leonardo Bacchi (baixo), Rodrigo Leismann (guitarra), Marcelo Pereira (guitarra e vocais), Vinícius Möller (teclado e vocais), Ana Carla De Carli (vocais), Iandra Cattani (vocais) e Ricardo Dastis (vocais).
Os ingressos antecipados estão à venda pelo site do Sympla. Na hora, o valor do couvert artístico é de R$ 50,00. As reservas de mesa podem ser feitas diretamente pelo whatsapp do bar, que abre às 20h.
O show tem previsão de início às 21h.
SERVIÇO
PERFECT SENSE – 50 anos de “Wish You Were Here” e 30 anos de “Pulse”
Local: Sgt. Pepper’s
Endereço: Rua Quintino Bocaiúva 256, Bairro Rioo Branco, em Porto Alegre
Quando: Quinta-feira, 7 de agosto
Horário: 21h
Reservas: https://wa.me/555199515656
Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/pink-floyd-wish-you-were-pouolosoe/3013053
Veja Perfect Sense – “Learning To Fly”: https://www.youtube.com/watch?v=e77Jet_2a_M

domingo, 3 de agosto de 2025

ELOY FRITSCH LANÇA NOVO DISCO, “DRAGONS AND WIZARDS”

Foto: Deborah Fritsch
O MÚSICO GAÚCHO ELOY FRITSCH acaba de lançar seu novo trabalho, o álbum instrumental, “Dragons and Wizards”. O disco traz sete faixas, onde o tecladista e compositor mergulha em universos de fantasia repletos de dragões e magos, mas carrega também as marcas da realidade enfrentada por seu criador: dois anos de perdas e reconstruções no Rio Grande do Sul, após os eventos climáticos extremos que devastaram a região.
“Dragons and Wizards” foi concebido como um disco conceitual, entrando em um mundo de batalhas místicas, tendo como inspiração filmes como “O Senhor dos Anéis”, “Como Treinar seu Dragão” e “Game of Thrones”.
“Sempre fui fascinado por esse mundo incrível de dragões e feiticeiros. Por isso, decidi criar um álbum conceitual onde a inspiração que tenho por esse lugar imaginário se transforma em música”, disse Fritsch.
O álbum, que mostra a importância de Eloy Fritsch no cenário do Rock Progressivo instrumental no Brasil, é uma ode à tradição do Prog setentista, mas com um toque contemporâneo: mescla estruturas complexas, mudanças rítmicas e harmonias modernas a uma ampla paleta de timbres, extraída de sintetizadores analógicos, órgão Hammond, piano elétrico e clavinete. A base instrumental, formada por teclados, baixo e bateria, confere às faixas uma textura cinematográfica que alterna intensidade épica e introspecção.
E por trás das imagens míticas evocadas pelas músicas de “Dragons and Wizards”, há também uma narrativa de resiliência. Em 2023, o estúdio do artista foi destruído por um ciclone que atingiu a orla do Guaíba, em Porto Alegre. No ano seguinte, as enchentes históricas de 2024 voltaram a interromper o processo de gravação, impondo novos desafios. Sem tornar público o drama vivido, Fritsch optou por transformar sua dor e reconstrução em arte, encontrando nas composições um caminho para sublimar a adversidade.
A obra apresenta, ainda, em sua construção , influências como Keith Emerson (ELP), Rick Wakeman (Yes), Tony Banks (Genesis), Jürgen Fritz (Triumvirat) e Chick Corea (Return to Forever). O músico afirma que estes artistas não são meras referências, mas pontos de partida para uma linguagem própria, que Fritsch tem lapidado ao longo de décadas, tanto em sua carreira solo quanto à frente da banda Apocalypse, um dos expoentes do Rock Progressivo brasileiro formado há mais de 40 anos.
Track list de “Dragons and Wizards”:
1 - Dancing At Sunrise
2 - Wizards Battle March
3 - The Legend Of Dragon Hunter
4 - Tales Of A Mystery Land
5 - The Passage Between The Mountains
6 - Wings Of Freedom
7 - The Last Dragon Flight
Escute “Demons and Wizards” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/3tLHTHmCXDq1wUOEq9sdyg
Veja o vídeo de “Dancing At Sunrise”: https://www.youtube.com/watch?v=SK37Q-3t_cs

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