sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Saruê Festival de Natal neste domingo, comemorando os 90 anos da Redenção

Foto: Google
O “Saruê Festival de Natal” celebra os 90 anos do Parque Farroupilha (Redenção) com cultura, música e solidariedade neste domingo, dia 21 de dezembro.
O evento multicultural será gratuito e aberto ao público. Das 9h às 21h, o parque será um ponto de encontro para famílias, artistas e visitantes, reunindo arte, música, economia criativa, gastronomia e solidariedade. A programação musical contará com shows das bandas Só Creedence, Rotten Garden, Eletroacordes, Delírios de Hamilton, Kymatica e Caio e Os Caídos, além das participações especiais de Paulo Franklin (Beachbackers), Eduardo Chittolina (Beatlemaníaco). Também haverá apresentação especial natalina do Coral da FECORS e dança do ventre com Quéli Scout.
O “Saruê Festival de Natal” contará ainda com feira de economia criativa, artesanato, expositores de joias, produtos pet, segmento infantil, brechós, mandalas, aromas, food trucks e cervejas artesanais.
A Escola Profissional Fundação Universitária de Cardiologia estará presente oferecendo aferição gratuita de pressão arterial, promovendo o cuidado com a saúde, corpo, mente e coração.
O festival também realizará campanha de arrecadação de brinquedos para entidades carentes.
Mais do que uma comemoração, o Saruê Festival de Natal é um convite para celebrar a história e o presente do Parque Farroupilha — conhecido como o coração dos gaúchos —, promovendo cultura, convivência e cidadania em um dos parques mais queridos de Porto Alegre.
Serviço
Evento: Saruê Festival de Natal
Local: Parque Farroupilha (Redenção)
Quando: 21 de dezembro
Horário: das 9h às 21h
Entrada: Gratuita
Atividades: Shows de bandas, feira de economia criativa, food trucks, cervejas artesanais, aferição gratuita de pressão arterial e campanha de arrecadação de brinquedos.
Escute Eletroacordes no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/2jroDmxy6cBLizO9EBV9Y8

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

“Phornax Fest III” neste sábado no Opinião, com nomes de peso como convidados especiais

Foto: Edu Falaschi / Caike Scheffer
A terceira edição do “Phornax Fest” acontece neste sábado, dia 20 de dezembro no Opinião, na Rua José do Patrocínio, 834, na Cidade Baixa.
E além da Phornax, que terá a participação especial de Edu Falaschi, Renato Osorio (produtor, ex-Hibria), Fábio Laguna (ex-Angra, Hangar), Alessandro Marques (Follows Strong, Father’s Face) e Thiago Bianchi (Noturnall, ex-Shaman), além da performance cênica de Aline Mesquita na música “Final Beat”, o evento contará a participação das bandas Noturnall e Tierramystica.
Anfitrião do festival, o Phornax prepara o lançamento de seu primeiro álbum completo e já apresentou o single “Between Fear and Hope”, lançado em agosto em todas as plataformas digitais. O single – cujo videoclipe está disponível no YouTube – teve produção, mixagem e masterização de Renato Osorio (ex-Hibria) e composição do guitarrista Deivid Moraes.
Foto: Phornax / Wargods Press
A banda conta com Cristiano Poschi no vocal, Deivid Moraes na guitarra solo, Mauricio Dariva na bateria, Sfinge Lima no baixo e Eduardo Martinez na guitarra base.
Foto: Noturnall / Wargods Press
O Noturnall segue em 2025 com sua “Cosmic World Tour”, explorando novos territórios da Ásia. Entre os lançamentos recentes, destacam-se o videoclipe de “Cosmic Redemption”, com participação de Danilo Gentili, e a inédita versão de “O Tempo Não Pára” (Cazuza), gravada com Ney Matogrosso. A nova formação do grupo comandado por Thiago Bianchi conta com o jovem guitarrista Guilherme Torres. Completam a banda Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria).
Foto: Tierramystica / Wargods Press
A Tierramystica traz na bagagem seu terceiro álbum de estúdio “Trinity”, cujo lançamento marca ainda a primeira edição internacional da banda, com lançamento no Japão, Itália, México e Brasil. Destaques do álbum, “Chaski Way” se inspira nos chasquis — mensageiros do Império Inca — enquanto “Eldritch War” explora arranjos épicos e timbres andinos.
O grupo combina o Power Metal com instrumentos andinos, como charango e ocarina. A banda é formada por Gui Antonioli (vocal), Ricardo “Chileno” Durán (backing vocals e instrumentos andinos), Alexandre Tellini (guitarra), Marcelo Caminha Filho (baixo), Luciano Thumé (teclados) e Duca Gomes (bateria).
Por fim, Edu Falaschi é um dos nomes mais consagrados do Heavy Metal brasileiro, reconhecido mundialmente por sua trajetória como vocalista do Angra entre 2001 e 2012, período em que gravou álbuns como “Rebirth” e “Temple of Shadows”. Em carreira solo, Falaschi vem vivendo uma fase produtiva, marcada por trabalhos conceituais como “Vera Cruz” (2021) e “Eldorado” (2023).
Além da música
O festival vai além da música, oferecendo estrutura de ponta, som e iluminação profissionais, além do pacote Soundcheck Experience, que dá acesso à passagem de som, meet & greet com todas as bandas e entrada antecipada para o merchandising.
Realizado pela Ablaze Productions e Arena Heavy Produtora, com produção da Ticket Arena e apoio da Kamming, Back in Black e Metal Sul RS.
Serviço
Phornax Fest III
Local: Opinião
Endereço: Rua José do Patrocínio, 834, na Cidade Baixa, em Porto Alegre
Data: 20 de dezembro de 2025, sábado
Horário: Abertura da casa às 17h30
Ingressos: TicketArena.com.br https://ticketarena.com.br/ + ponto físico na loja Back in Black (Av. Osvaldo Aranha, 982 – Bom Fim)
Escute Phornax – “Between Fear and Hope” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/track/5IPmW2wEUIpjRPR2s8qoXf
Veja Noturnall – videoclipe de “Cosmic Redemption” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=6bj9wE1Ke9o&list=RD6bj9wE1Ke9o&start_radio=1
Escute Tierramystica – “Trinity” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/03Y4rJaOGOorQCoqWkCTZN
Escute Edu Falaschi – “Eldorado” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/5jL9PVVgmVZhLJVNjO7SqO

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Dream Theater: ingressos à venda para o show no Araújo Vianna em maio de 2026

Foto: Opinião Produtora
O Dream Theater vai subir ao palco do Auditório Araújo Vianna, no dia 3 de maio de 2026, na nova etapa da turnê “An Evening With Dream Theater” e executar o recente trabalho, o disco “Parasomnia” (2025) na íntegra e ainda comemorar o 30º aniversário do aclamado “A Change of Seasons” (1995). Os ingressos já estão à venda (ver serviço abaixo).
Com um show de aproximadamente três horas e um repertório que também inclui as músicas favoritas do público, o Dream Theater vai celebrar uma trajetória que já soma quatro décadas e que ganhou um novo contorno desde o retorno do baterista Mike Portnoy. “Images and Words” (1992) e “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” (1999) figuram na lista dos álbuns mais representativos do Metal Progressivo, elaborada por revistas como Rolling Stone, Classic Rock e Guitar World.
Com a produção da Liberation MC, a “An Evening With Dream Theater” tem outras cinco datas no Brasil. O grupo ainda se apresentará em Curitiba, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
SERVIÇO – DREAM THEATER
Local: Auditório Araújo Vianna
Endereço: Avenida Osvaldo Aranha, 685, Parque Farroupilha, no Bom Fim
Quando: 3 de maio, domingo
Horário:20h
Abertura da casa: 18h
Classificação: 16 anos
Realização: Liberation MC
Ingressos:
Plateia Alta Lateral:
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 350
Meia-entrada (desconto de 50%): R$ 330
Inteira: R$ 660
Plateia Alta Central:
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 450
Meia-entrada (desconto de 50%): R$ 430
Inteira: R$ 860
Plateia Baixa Lateral:
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 550
Meia-entrada (desconto de 50%): R$ 530
Inteira: R$ 1.060
Plateia Baixa Central:
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 650
Meia-entrada (desconto de 50%): R$ 630
Inteira: R$ 1.260
Plateia Gold:
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 1.000
Meia-entrada (desconto de 50%): R$ 950
Inteira: R$ 1.900
Pontos de venda:
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – pagamento PIX):
Loja Short Fuse (Rua dos Andradas, 1560)
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 9h às 18h30
Escute “A Change of Seasons” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/1ALR5shWvJ99oItXgRTbKj

Gravador Pub será palco neste próximo final de semana do 59º True Metal Fest

Foto: Carcinosi / Instagram
O Gravador Pub, na Rua Ernesto da Fontoura, 962, Bairro São Geraldo, receberá neste próximo final de semana, no sábado, dia 20, e domingo, dia 21 de dezembro, o 59º True Metal Fest.
Os shows se iniciarão sempre às 18h.
No sábado, se apresentam as bandas Carcinosi, Neptunn, Firdaria e Insanity Seas, com ingresso solidário no valor de R$ 40,00.
Já no domingo, será a vez da Leviaethan, Steel Grinder, Exequator e Funesta. Desta vez o ingresso solidário será de R$ 50,00.
Ingressos no Ticket Arena
Informações e ingressos sem taxa pelo whats 51-989213848.
Além disso, em cada noite, além do sorteio e camisetas e CDs, haverá o sorteio de uma guitarra.
Escute Carcinosi – “Resumption” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/4CYCgD17GlvuUaM7br2VIZ
Escute Leviaethan – “D-Evil in Me” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/album/4j6wc3oT3zPNiG8PSZhF0y

Papas da Língua faz sua abertura de verão no Araújo Vianna

Texto: Cássio Toledo / Na Ponta da Agulha
Fotos: Cleiton Miguel
Com mais de 30 anos de carreira recentemente celebrados, é inevitável não associar o Papas da Língua como um dos grandes hitmakers das estações quentes no Rio Grande do Sul. A banda inaugurou sua turnê de verão com um show intenso e envolvente no histórico Auditório Araújo Vianna, no sábado, 6 de dezembro.
O Setlist e as Participações Especiais
Em um setlist marcado por grandes hits e algumas canções "Lado B", o quarteto mesclou as faixas, promovendo uma grande abertura para a nova turnê que irá percorrer diversas cidades e capitais pelo Brasil.
O show contou com uma produção robusta, incluindo câmeras, telas LED e um jogo de luzes vibrante, totalizando quase duas horas de duração. Entre os momentos mais notáveis, estiveram as participações especiais:
* Marcelo Gross: O guitarrista da Cachorro Grande dividiu o palco no clássico "Sinceramente", de sua composição, presente no álbum clássico da banda "Pista Livre"
* Tonho Croco: Repetindo a parceria no álbum "Acústico Ao Vivo Papas da Língua" ele participou com seu rap no clássico "Viajar"
* Mano Changes, da comunidade Nin-Jitsu, marcou "grande presença " na "Ela Vai Passar", outro clássico do disco "Xalalá"
* Marcelão (Mascavo) e Tati Portella também marcaram presença
Público Renovado e Emoção
Com casa lotada, o evento uniu todas as gerações, dos 15 aos 50 anos. A banda, mesmo com seu hiato na carreira, conseguiu renovar seu público, com muitos jovens na plateia prestigiando o quarteto formado por Leo Henkin (Guitarrista), Fernando Pezão (batera) Zé Natáli (baixista) e o vocalista Serginho Moah.
Todos os discos foram representados no setlist, desde a faixa de abertura "Vem pra cá", canção inédita integrada no álbum acústico...até o clássico "Eu Sei", do disco "Xalalalá".
O momento mais emocionante da noite ficou por conta de um pedido de casamento desta vossa pessoa que os escreve, Cássio, surpresa feito na plateia, durante a execução da canção "Eu Sei", para a minha amada Thaís, arrancando aplausos do público e selando o ato com a emoção das alianças.
Produção e Detalhes Técnicos
Observou-se um Serginho Moah menos comunicativo com o público do que o habitual, talvez devido ao foco total em realizar um registro audiovisual de qualidade e perfeito, com diversas câmeras espalhadas pelo auditório para captar o show. Ainda assim, ele manteve sua simpatia.
Um ponto de atenção na mixagem de som foi o volume da bateria de Pezão, especialmente o bumbo, que estava excessivamente alto, acima das guitarras e do contrabaixo. Isso dificultou, em alguns momentos, a captação ideal da performance ao vivo. No entanto, o detalhe técnico não ofuscou o brilho e o impacto da apresentação do quarteto.
O show, uma produção da GxPro coordenada por Sandro Graxa e Michelle Raphelli, marcou a estreia da turnê em grande estilo. É possível que esta performance possa gerar frutos futuros, como videoclipes e, quem sabe, um EP ao vivo. A banda segue com força total para os próximos shows da turnê de verão.

Prime Rock Brasil: “Um Festival de Olhos no Passado e Costas Viradas para o Futuro?”

Texto: Cássio Toledo / Na Ponta da Agulha
Fotos: Instagram
Por mais que se venda como um evento “de olho no presente”, o *Prime Rock Brasil*, realizado recentemente no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, no sábado, dia 24 de novembro, mostrou exatamente o contrário: um festival preso ao passado, dependente de nomes clássicos dos anos 1980 e incapaz de abrir espaço para a nova geração do Rock Nacional — uma geração pulsante, criativa. Talvez não seria perfeitamente capaz de erguer um festival inteiro, entretanto, poderia ser muito bem mesclado, como provam o Black Pantera, The Monic e tantos outros.
O público? Majoritariamente acima dos 45, quase 50 anos. Jovens? Poucos. E isso não é falta de interesse — é falta de oportunidade. É sintoma de um mercado que ainda não permite que novas bandas assumam o posto de headliners. Um ciclo que se retroalimenta e mantém tudo exatamente como está.
*Entre sol escaldante, nostalgia e tropeços vocais*
*TNT – Energia no palco, tropeços na voz
Sob quase 35ºC, o TNT abriu o festival para um público ainda tímido. Animados no palco, mas tecnicamente irregulares, Charles Master e Luis Henrique “Tchê” Gomes enfrentaram sérios problemas vocais, desafinando em grande parte do show.
*Blitz – Carisma sim, identidade nem tanto
Evandro Mesquita segurou a plateia com seu carisma habitual, mas a apresentação soou mais como uma banda cover de luxo: muitos hits dos anos 1980… porém de outras bandas. “Sonífera Ilha” dos Titãs foi símbolo disso. Vários clássicos da própria Blitz ficaram de fora.
*Nenhum de Nós – 40 anos celebrados com performance abaixo do esperado
Comemorando quatro décadas de carreira, a banda entregou um show tecnicamente inferior à sua história. Thedy Corrêa passou boa parte da apresentação desafinado e tendo dificuldades em alcançar notas mais altas — algo percebido e comentado por muitos presentes.
*O respiro de qualidade: Paula Toller e Biquíni Cavadão
*Paula Toller – Competência vocal e presença de palco
Com seus 63 anos, Paula Toller surpreendeu com uma performance forte, bem cantada (sem uso de playback), repertório afiado e ótimo domínio de palco. “Como Eu Quero” e “Fixação” levantaram o público.
*Biquíni Cavadão – Show vibrante e teatral
Bruno, sempre comunicativo, entregou pirotecnias, teatralidade e proximidade com o público — chegando a ser carregado pela galera. Uma das apresentações mais energéticas da noite, que ajudou a espantar o frio que chegou após o pôr do sol.
*Capital Inicial – O ápice emocional da noite
Era visível: grande parte das mais de 15 mil pessoas presentes estava lá pelo Capital Inicial. A banda celebrou os 30 anos do seu icônico “Acústico MTV”, o álbum divisor de águas em sua carreira.
Dinho Ouro Preto contou histórias do impacto que a extinta Rádio Ipanema FM teve na trajetória da banda, especialmente com “Leve Desespero”, primeira música deles a tocar com força no Sul. A performance foi sólida, com Kiko Zambianchi como convidado especial.
Um show acústico legítimo, sentado, mas vibrante — a melhor conexão emocional do festival.
*Humberto Gessinger – Surpreendentemente morno
Comemorando os 20 anos do seu Acústico MTV, Humberto fez uma apresentação competente, porém distante. Pouco falou, pouco interagiu e, apesar da qualidade musical, entregou um dos shows menos marcantes do evento.
*Problemas estruturais e um debate urgente
Além do desequilíbrio artístico, o festival pecou na estrutura.
*Faltaram tomadas para carregamento de celulares*, dificultando especialmente o trabalho da imprensa que precisava registrar o evento.
Mesmo assim, o público expressivo garantiu o sucesso da edição — sucesso esse sustentado pelo apelo nostálgico. Assim como em Curitiba, o Prime Rock Brasil repete a fórmula que funciona comercialmente, mas que artisticamente estaciona no tempo.
*Conclusão: um festival que toca o passado, mas silencia o futuro
Com mais uma edição já confirmada, fica o desejo — e a necessidade — de ver o Prime Rock Brasil mesclando nomes clássicos com as bandas que hoje mantêm o Rock Brasileiro vivo, intenso e relevante.
*Porque enquanto os festivais permanecerem reféns da nostalgia, o futuro seguirá batendo na porta… sem ser convidado a entrar.

Ana Carolina 25 Anos: Um Espetáculo Impecável que Ainda Busca Calor Humano

Texto e Fotos: Cássio Toledo / Na Ponta da Agulha
A noite de 12 de dezembro, no Teatro do Bourbon Country, consolidou mais um capítulo da turnê “25 Anas”, celebrando a trajetória de um dos nomes mais importantes da Música Brasileira Contemporânea.
O show teve a produção da *Opus Entretenimento* e direção cênica de *Jorge Fajalla, apresentando uma estrutura robusta, visualmente marcante, e um passeio completo pelos principais clássicos da carreira de Ana Carolina — dos sucessos que a projetaram no final dos anos 1990 às novas explorações rítmicas que caracterizam seu mais recente EP, “Ainda Já”, lançado este ano.
*Entre clássicos, novidades e a estética forte da turnê*
O espetáculo revisita com precisão a discografia da artista, incluindo hits como “Quem de Nós Dois”, do álbum de estreia, homônimo, de 1999, até músicas inéditas como “Quem Dera Seus Zé”, onde Ana flerta com novos ritmos sem abandonar o Pop Romântico que a consagrou ao longo de 25 anos.
O setlist permaneceu praticamente o mesmo apresentado no show de agosto passado no Auditório Araújo Vianna — com exceção das faixas “Eu Comi a Madonna” e “Tempestade”, que ficaram de fora desta noite.
Apesar de a casa não estar completamente lotada, diferente do show anterior, no Auditório Araujo Vianna, é possível que a proximidade entre as datas tenha influenciado: ainda não havia tempo suficiente para criar aquele “vazio de saudade” que costuma lotar teatros. Além disso, o formato pista, embora dinâmico, também muda o comportamento do público tradicional de Ana.
*A velha questão do atraso e a performance técnica impecável
Ana Carolina, mais uma vez, atrasou para subir ao palco — um traço já habitual em sua carreira. Contudo, desta vez o atraso foi de cerca de 20 minutos, bem menor que o de agosto, quando chegou a ultrapassar uma hora e gerou vaias. Agora, o impacto foi perceptivelmente menor.
Quando o show começou, porém, a compensação veio: *a voz de Ana permaneceu impecável, limpa, afinada e sem apoio de playback. Nas interpretações — especialmente nos clássicos — ela entregou emoção em estado puro, reforçando porque mantém seu status de uma das grandes intérpretes da MPB recente.
*Uma banda de excelência e experimentações rítmicas intensas
A banda que acompanha Ana Carolina merece destaque especial. Todos os músicos estavam em plena sintonia, com execução impecável e arranjos que elevaram as canções a novos patamares:
* *Juliano Valle* – teclados e programação eletrônica
* *Theo Silva* – guitarras e violão
* *André Vasconcellos* – contrabaixo
* *Thiago Faria* – violoncelo
* *Cesinha* – bateria
* *Léo Reis* – percussão
Eles foram os responsáveis por momentos de forte transcendência musical, como na faixa “Quem Dera Seus Zé”, que mistura chorinho e samba, e no poderoso número de pandeiros em “Pandeiros Unidos”, que levantou o público. Já “Hoje Eu Tô Sozinha” ganhou roupagem com elementos de percussão e maracatu, ampliando o caráter brasileiro e rítmico da turnê.
*Entre perfeição técnica e distância emocional
Se musicalmente o espetáculo é irretocável, a única lacuna — já conhecida pelos fãs — continua sendo a pouca interação de Ana com o público. É o seu estilo: introspectiva, direta, sem muitos discursos ou improvisos. Mas isso também gera a dualidade do show: tão perfeito, tão ritmado, tão ajustado “no relógio”, que às vezes carece de calor humano.
O resultado é um espetáculo de início, meio e fim quase coreografado — belíssimo, grandioso, mas que por instantes pode parecer excessivamente metronômico. Falta a espontaneidade que poderia elevar ainda mais sua presença de palco e consolidá-la como uma das maiores intérpretes de todos os tempos.
*O que “25 Anas” sinaliza para o futuro
Dirigido pelo mesmo Jorge Farjalla que esteve à frente do aclamado “Ana Canta Cássia – Se Eu Não Me Apaixonasse por Você”, a turnê reafirma a força artística de Ana Carolina. Musicalmente, entrega um recorte honesto e robusto de sua carreira, ao mesmo tempo em que abre portas para novas experimentações que podem guiar seus próximos passos.
É um espetáculo que celebra o passado, aponta para o futuro e, sobretudo, reforça que Ana Carolina — impecável na voz e na técnica — segue em plena forma, mesmo que ainda falte um pouco de calor para transformar a apresentação perfeita em inesquecível.

Saruê Festival de Natal neste domingo, comemorando os 90 anos da Redenção

Foto: Google O “Saruê Festival de Natal” celebra os 90 anos do Parque Farroupilha (Redenção) com cultura, música e solidariedade neste domi...