Fotos e texto: Criba Aquino
QUANDO DESCOBRI QUE DUCA LEINDECKER iria fazer um show em homenagem aos vinte anos da gravação do DVD ao vivo “Acústico Cidadão Quem” no Teatro São Pedro, fiquei imaginando o quanto essa apresentação seria recheada de memórias afetivas.
Mas nem eu, nem a plateia que lotou o Auditório Araújo Vianna na quinta-feira, dia 14 de novembro, esperava algo tão emocionante.
Duca e banda estavam recém esquentando as turbina, quando ao final da segunda música, “Girassóis”, a plateia aplaudiu demoradamente, a ponto de Duca embargar a voz e precisar se recompor para continuar a tocar.
Duca inovou, apresentando sua banda logo no começo do show, com a seguinte formação: Cláudio Mattos na bateria, Maurício Chaise no violão, bandolin e cordas, Eduardo Bisogno no piano e escaletas. E ainda com Guilherme Leindecker, filho de Duca, no baixo acústico - lembrando que o baixista da banda era Luciano, irmão de Duca, que faleceu de câncer em 2014.
O palco era um ambiente íntimo, pufes e diversos abajures e ao fundo um telão cobrindo o palco inteiro, onde entre as músicas eram exibidos vídeos caseiros dos bastidores da banda e entrevistas da Cidadão Quem, com trechos escolhidos especialmente do início de carreira da banda. E é claro, onde a presença de Luciano e Cau baterista da banda eram constantes (Cau morreu em um acidente de paraquedas em 1999).
Um dos pontos altos do espetáculo foi a presença das filhas de Luciano, Bella e Júlia, que cantaram a música “Bossa”. Mas as participações especiais não pararam por aí. Humberto Gessinger, ex-Engenheiros do Hawaii e integrante do projeto Pouca Vogal com Duca, participou com as músicas “Terra de Gigantes” e “Breve”.
“Pinhal”, uma das músicas mais esperadas pelo público, é uma homenagem de Duca a Luciano e teve a participação de Renato Borghetti, que com sua gaita e seu carisma encantou o público.
Duca tocou todos os sucessos da banda em uma viagem de saudades e afetos que levou muitos as lágrimas, e entregou exatamente o que a plateia esperava, um espetáculo emocionante e repleto de memórias da trajetória rápida e permanente da Cidadão Quem.
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