Texto e Fotos: Luciana Espíndola
O SHOW DO TNT NO AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA, em 19 de dezembro, estava lotado. Foi uma terça-feira chuvosa, mas isso não impediu que os fãs prestigiassem esta super banda gaúcha, que ficou ainda melhor com o passar dos anos. Os funcionários da casa, quando questionados sobre o sucesso do evento, comentaram que há tempos não viam o auditório com tantas pessoas em uma noite como aquela – dia útil, tempo instável e chuva.
A banda porto-alegrense, que completou 40 anos de história, iniciou o show com a música “Entra Nessa”, que fez parte de uma coletânea para o disco “Rock Grande do Sul”, lançado em 1985, que reuniu grandes grupos musicais aqui da terrinha. E que, em 1987, foi uma das canções do seu álbum de estreia intitulado “TNT”. Na sequência, os artistas tocaram clássicos como “Ana Banana”, “Gata Maluca”, “Estou Na Mão”, “Oh, Deby”, “Irmã do Doctor Robert”, “Charles Master” e tantas outras, acompanhados pelo público que cantava, dançava e pedia “bis”.
No palco, os integrantes da formação clássica da banda, composta por Charles Master, Márcio Petracco, Tchê Gomes, Paulo Arcari, João Maldonado e Fábio Ly. O grupo, apesar dos anos passados, segue esbanjando jovialidade com seu estilo Punk Rock e suas composições vibrantes-rebeldes que, para muitos, têm sabor de boas lembranças e nostalgia. O público, formado por pais e filhos de diferentes faixas etárias, comprovou que bom gosto musical passa de geração para geração.
Apesar de estarem visivelmente cansados após o show, os artistas receberam os visitantes no camarim e foram extremamente simpáticos e descontraídos. Filas foram formadas para se ter acesso aos músicos. Podia-se notar, inclusive, crianças com menos de dez anos entre os presentes. Havia um pai acompanhado pelo filho adolescente aguardando a vez, e ambos pareciam igualmente ansiosos para autografar os materiais que haviam levado.
Charles Master, enquanto escrevia uma dedicatória em um CD que lhe entreguei, quis saber mais sobre o jovem proprietário daquele objeto: “Qual a idade do Guilherme? Quem o influenciou a gostar da banda?”. Foi um bate-papo bem descontraído. Vez ou outra, o artista ajeitava o chapéu que, segundo ele, por ser de um número menor, apertava-lhe a cabeça e comprimia as suas orelhas. Com bom humor, ele disse: “Não havia um maior na loja, então comprei esse mesmo”.
A banda, entusiasmada com o sucesso do espetáculo, confirmou que em 2025 seguirá na estrada, fazendo mais apresentações por todo o RS.
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